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domingo, 3 de abril de 2016

AO VIVO ARTISTAS VIRAM "A RONDA NOTURNA", DE REMBRANDT!

Depois do corte: Rembrandt, A Ronda da Noite, 1640-1642 na Sala Rembrandt do Rijksmuseum
Brilhante iniciava do Museu Holandês (Museo Rijksmuseum de Holanda) para incentivar as pessoas a visitarem suas exposições. A performance foi desenvolvida com base em uma famosa obra do museu o quadro "Night Watch" (A Ronda Noturna ou A Ronda da Noite), uma das mais famosas obras do pintor holandês Rembrandt, pintada entre 1640 e 1642 (séc. XVIII). Para tal, artistas caracterizados deram vida as personagens em pleno shopping e ao som de Bethoven.

Esta obra traz-me boas lembranças pois na sala de meus pais temos uma réplica literalmente "montada" a várias mãos que, pacientemente ou curiosamente, dedicaram algum tempo e, durante quase um ano, uniram cinco mil peças para formar essa belíssima obra.



10 CURIOSIDADES DA OBRA:
Antes de ser cortada, para caber em uma sala menor. Mesmo assim, o tamanho da tela surpreende!
1. TAMANHO DO QUADRO: 3,79m x 4,53m;
2. NOME ORIGINAL: o nome original foi provavelmente A companhia militar do capitão Frans Banning Cocq e o tenente Willem van Ruytenburg, segundo inscrição encontrada num esboço preparatório. O nome atual surgiu no século XIX, oriundo da critica francesa que chamou o quadro de Patrouille de Nuit e Night Watch;

3. RONDA DIURNA: O nome é equivocado. Quando encontrado, o quadro estava tão deteriorado e obscurecido pela oxidação do verniz e sujeira acumulada que parecia uma cena noturna. Depois do seu restauro, em 1947, após eliminação do verniz obscurecido, descobriu-se que o título não se ajustava à realidade, já que a ação não se desenvolve de noite senão de dia, em penumbra, onde um potente raio de luz ilumina intensamente às personagens;   

4. PERSONAGENS PAGOS: Os milicianos pagaram uma taxa para serem incluídos na pintura e o nome de cada um deles é citado em um escudo ao fundo. A cena ainda é dramatizada com o uso de áreas escuras pontuadas por luzes que destacam cada rosto, capacete e arma;
5. ESPOSA DO PINTOR: personagem chave no quadro, única mulher e bem iluminada, as sombras não a tocam, parecendo um espectro que pouco tem a ver com a cena e demais personagens. Muitos críticos acreditam ser o retrato de Saskia van Uylenburgh, primeira esposa do pintor, que faleceu prematuramente no ano em que foi pintada a tela. Saskia era habitual modelo de seus retratos;
6. MUTILAÇÃO DA TELA: no início do século XVIII  a tela foi cortada com o objetivo de decorar uma sala da Câmara Municipal de Amsterdã que tinha dimensões menores.  Uma faixa foi retirada na lateral esquerda e superior, eliminando três personagens da cena. Sua totalidade é reconhecida devido a diferentes cópias anteriores a 1715;
 
7. AUTORRETRATO: Rembrandt assinou a pintura no canto inferior esquerdo e também incluiu seu autorretrato atrás do piqueiro, ao fundo. É possível reconhecê-lo por seu nariz proeminente e por usar sua boina tradicional;
 
8.VANDALISMO: À parte da mutilação, a obra foi alvo de ataques de vandalismo - 13 de fevereiro de 1975, um desequilibrado mental atacou a obra com uma faca fazendo-lhe cortes em ziguezague. A tela foi restaurada com êxito, embora ainda possa apreciar-se o rastro deste atentado. Em 1985, um visitante aspergiu a pintura com um aerossol de ácido. A rápida intervenção dos seguranças impediu que o ácido ultrapassasse o verniz;

9. FILME: o cineasta britânico Peter Greenaway dirigiu um filme dedicado ao quadro "Nightwatching", protagonizada por Martin Freeman no papel de Rembrandt e Emily Holmes como sua segunda esposa, Hendrickje. Apresentou-se no Festival Internacional de Cinema de Veneza em setembro de 2007;

10. MÚSICAS: A obra serviu de inspiração par alguns músicos - tornou-se o segundo movimento da Sinfonia n.º 7, de Gustav Mahler; virou a ópera De Nachtwacht, composta por Henk Badings (1942) e canções como Night Watch, de King Crimson e The Shooting Company of Captain Frans B. Cocq, do grupo Ayreon.

OS MISTÉRIOS DA OBRA!
(segundo o cineasta Greenaway)

Segundo o diretor Peter Greenaay, Rembrandt pintou A Ronda da Noite para denunciar o assassino de uma das pessoas que deveria ter sido representada no quadro, e apontar os culpados, nele imortalizados. 

Greenaway chama à obra-prima "o j'accuse de Rembrandt". Um corajoso ataque aos burgueses que encomendaram e pagaram a tela, e estavam envolvidos numa cabala para obter mais dinheiro, influência, proeminência social e mais poder em Amesterdão, na altura a cidade mais rica e próspera do Ocidente. 

De acordo com o cineasta, a originalidade formal da famosa tela mais não é do que a maneira que o artista encontrou para semear as pistas alegóricas que permitiriam aos bons observadores desvendar o mistério e identificar os assassinos, sob a forma de várias "anomalias" pictóricas. 
Esta tese está exposta no filme do realizador, "Nightwatching". O cineasta vai mais longe. Na sua opinião, Rembrandt pagou muito caro a ousadia. O artista ficou arruinado e perdido a sua posição social e os favores dos poderosos e influentes, não pelo gosto em pintura e a moda artística terem mudado nessa altura na Holanda, mas devido a uma conspiração dos visados no quadro, que o desacreditaram moral e socialmente, e o levaram à penúria.

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