O projeto de lei da terceirização, aprovado pela Câmara dos Deputados e que se encontra a disposição para sanção presidencial segue gerando discussões acalouradas pois parte dos especialista afirmam que é uma "boa" e outra, que é "ruim"... E você, o que acha?
Difícil para nós, pobres trabalhadores mortais, acharmos alguma coisa se nem mesmo os especialista chegam a um consenso.
Algumas coisas sinalizam serem fatos:
1. Se é de interesse do presidente FranksTemer (empossado indiretamente), não é coisa boa para o trabalhador;
2. As desvantagens da terceirização aparentam, em uma breve analise, superarem largamente os "benefícios" e
3. A relação trabalhador/patrão, no Brasil, sempre foi conflituosa e dependente de uma intermediação (em geral pelos Sindicatos). Essas partes nunca dialogaram sozinhas pois os empregadores brasileiros, em grande parte, são dotados de uma cultura oportunista e exploratória onde somente eles querem ter lucro e vantagens. Aliás, por incrível que possa parecer nos tempos atuais, ainda temos no Brasil a ocorrência do trabalho escravo e exploração do trabalho infantil. Um país onde ocorrem tais absurdos pode ter uma legislação trabalhista flexível, sem intermediação de órgãos de representação?
Bem, vamos ver onde deixaremos isso parar...
Abaixo uma postagem que circula nas redes sociais e que revela muito bem como é a nossa realidade e a relação trabalho/patrão:
VOCÊ
ESTÁ DEMITIDO!
- Você está demitido.
-
Virge santíssima, não brinca assim!
-
É sério. Você está demitido.
-
Nossa! Mas de uma hora pra outra?
-
Sabe como é, a empresa passa por uma reestruturação.
-
Puxa, eu trabalho há 27 anos aqui...
-
Pois é. Chamei o senhor para negociar.
-
Negociar o quê?
-
Os termos da demissão em comum acordo.
-
Como assim? Não tem nada de comum acordo. Estou sendo demitido. E sem justa
causa.
-
A causa é justa, na verdade. Entenda. É a crise. Mas de fato não podemos
caracterizar como justa causa. Uma pena.
-
Então não tem o que negociar.
-
Sabe o que é? Queremos contar com o senhor no futuro. Como colaborador,
entende?
-
Não. Não entendo.
-
Seus serviços. O senhor desempenha uma função essencial para os nossos negócios,
e não podemos deixá-lo na mão. Acredito que possamos entrar num acordo
para terceirizar você assim que a lei permitir.
-
E quando vai ser isso?
-
Daqui a 18 meses. É o que está na nova lei. Quarentena para migrar de
contrato por tempo indeterminado para contrato intermitente.
-
Dezoito meses? E como eu vivo até lá?
-
Veja bem, tenho certeza que o senhor vai saber se virar. Não faltarão
oportunidades.
-
Aos 46 anos? Sei...
-
Ah, não fala assim. Você está no auge. Não é toda companhia que pode contar com
a sua experiência. E você ainda pode pegar um trabalho por produção...
-
Produção?
-
É, ora. A empresa paga você pelo que você produzir. E você se vira com o resto.
Não precisa bater ponto nem nada. Muito mais fácil assim, sem transporte, sem
alimentação, sem estação de trabalho... Por até 17 meses.
-
Dezessete meses?
-
Isso. É a lei. Para não incidirem impostos e para você não sacar o seguro
desemprego. Mas isso é outro assunto. Não se preocupe com isso agora.
-
Caramba. Estou chocado. Minhas mãos estão até tremendo. Tem o financiamento da
casa, a faculdade da Ana, o colégio do Edu.
-
Toma um gole d'água. Melhorou?
-
Bom, pelo menos vou poder sacar o FGTS até me acertar.
- 80%.
-
Como?
- 80%
do FGTS. É o que estabelece a nova lei. Se fizermos um acordo, você poderá
retirar 80% do FGTS.
-
Meu Deus... Ainda bem que tem 40% de multa rescisória.
- 20%.
-
Como?
- 20%
de multa. É o que diz a nova lei. Se fizermos um acordo, a empresa paga 20% da
multa. Sobre 80% do fundo, é claro. É justo. É a metade entre zero e 40%. Todos
ganham.
-
Todos ganham? Como assim, todos ganham? E se eu não quiser fazer acordo nenhum?
-
Aí será mesmo uma pena, porque nunca mais vamos contratar você como
PJ.
-
Mas esse acordo, vou consultar o sindicato.
-
Não adianta.
-
Como?
-
Não adianta. É o que determina a nova lei. Os acordos individuais entre patrão e empregado valem
mais do que as convenções e os acordos coletivos.
-
Rapaz... mas a legislação...
-
Esquece.
-
Como?
-
Esquece a legislação. Está na lei. Os acordos entre patrão e empregado valem
mais do que a legislação.
-
Não é possível! Não foi para isso que eu fui a dezenas de assembléias, não foi
para isso que eu me sindicalizei, nem é pra isso que pagamos a contribuição
compulsória.
-
Acabou.
-
O quê?
-
A contribuição sindical obrigatória. Não é incrível? Finalmente. Bando de
sanguessugas. Repara como essa reforma é boa. Você não vai mais precisar pagar
a contribuição sindical. Taí um Congresso Nacional que defende o
trabalhador.
(Texto
de Camilo Vannuchi)
Essa
é a reforma que os deputados e senadores aprovaram, com a justificativa de
criar modernizar a relação de trabalho e criar mais empregos.
Esta
é a Lei!
*Anote
o nome do parlamentar do seu estado que votou a favor desta lei e no ano que
vem vote nele outra vez!*
*Ele
te ferrou!!!*
*Vou
te ajudar a lembrar*
No
Espírito Santo
✝ RICARDO FERRAÇO PSDB
✝ MAGNO MALTA PR
✝ ROSE DE FREITAS PMDB
✝ DEVAIR MELO PV
✝ LELO COIMBRA PMDB
☦ MARCUS VICENTE PP
☦ PAULO FOLETO PSB
✝ MANATO SDD
Procure
saber no seu estado o nome dos parlamentares e partidos que enterraram os
direitos dos trabalhadores e lembre-se deles nas próximas eleições!
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