Diante do fim da distribuição das sacolinhas nos supermercados do Estado de São Paulo, a Associação Paulista de Supermercados (Apas) anunciou na terça-feira, 3, que pretende implantar um programa de sacola reutilizável vai e vem, em que o consumidor pode adquirir uma sacola e, quando voltar à loja, devolvê-la e pegar seu dinheiro de volta - ou abater o valor de sua compra.
'O cliente que está do nosso lado é aquele que usa a reutilizável. Só que, nesse processo de adaptação, ele às vezes esquece a sacola. É nele que estamos pensando', disse João Galassi, presidente da Apas. A Apas ainda não sabe que tipo de sacola vai ser usada no sistema vai e vem. 'Os detalhes serão discutidos na segunda-feira', acrescentou.
A associação anunciou ainda ter encaminhado pedido à Secretaria da Fazenda do Estado (Sefa) pela redução do imposto sobre as sacolas reutilizáveis e os sacos plásticos feitos de material reciclável (aqueles pretos), o que não foi confirmado pela Sefa.
O acordo que a partir de hoje retira dos supermercados as sacolinhas plásticas para embalar os produtos comprados foi firmado no ano passado, chegou a entrar em vigor em janeiro, mas acabou adiado por um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) diante do argumento de que nem consumidores, nem lojistas, estavam preparados para a iniciativa.
A Plastivida - Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos diz que o acordo não tem força de lei e o consumidor pode continuar exigindo a sacola no supermercado. 'Temos uma ação civil pública contra o acordo e uma ação popular contra o TAC', afirmou o advogado da Plastivida, Jorge Kaimoti Pinto.
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