Mistérios e Segredos do Sítio Casarão

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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

LUCROS DA FIBRIA! MAS, E A CRISE?

Lucros da Aracruz Celulose (Fibria) podem levar empresa a retomar projetos no Estado

O lucro líquido de R$ 614 milhões no segundo trimestre de 2015 da Aracruz Celulose (Fibria) pode estimular a empresa a retomar seus projetos. Apesar da crise econômica, o lucro líquido registrado mostra uma queda de apenas 2,7% na comparação com igual período de 2014.

A empresa reverteu o prejuízo de R$ 566 milhões registrado nos três primeiros meses de 2015. De abril a junho de 2015 a receita líquida totalizou R$ 2,3 bilhões, o que representou uma expansão de 36,3% em relação ao mesmo período de 2014, e de 16% em relação ao primeiro trimestre deste ano.

Um resultado considerado satisfatório, face ao momento econômico do país. Se resultado for mantido nos próximos meses, poderá levar a empresa considerar que é o momento de implantar sua quarta fábrica no Espírito Santo.

A usina será gigante. Produzirá cerca de 1,4 milhão de toneladas anuais de fibra de celulose de eucalipto. Hoje a empresa produz 2,3 milhões de toneladas/ano em suas três usinas no Estado.

Celulose

Os projetos da Aracruz Celulose (Fibria) sempre causam apreensão aos ambientalistas e agricultores. Há estimativas de que o eucalipto já ocupe cerca de 350 mil hectares no Espírito Santo. Uma nova fábrica do porte da que foi projetada para o Estado exigirá mais 100 mil hectares de novos plantios de eucalipto.

O eucalipto é uma espécie exótica e consome 36,5 mil litros de água por ano quando adulta. Foi introduzido no Estado na década de 60 do século passado, pela Aracruz Celulose. Para plantar seus eucaliptais, a empresa destruiu 50 mil hectares de mata atlântica e toda sua biodiversidade, somente no Espírito Santo.

Transgênico

Os novos plantios de eucalipto, já com mudas transgênicas, agregam outros problemas. Como o seu crescimento é mais acelerado, ficando pronto para corte em quatro anos e meio anos - ao invés de sete anos, nos plantios atuais -, o consumo de água e de minerais será ainda mais intenso. E a destruição total do solo ocorrerá ainda mais rápido.

A empresa justifica sua quarta fábrica no Espírito Santo em função da meta de suprir 25% da demanda mundial de celulose de mercado de fibra curta. .
Fonte: Século Diário

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