“...retornarei para o concreto. Sentirei saudades de tudo e do verde!”
Após
14 dias na Serra, participando do projeto Entrelinhas
II, onde ministrou a oficina “A Arte
do Movimento” de Rudolf Laban, foi assim que a coreografa e dançarina labanista Solange
Arruda, de São Paulo, se despediu. Essa foi sua segunda estada no município,
participando do mesmo projeto, idealizado e coordenado pela historiadora Suely Carvalho Soares, em Carapebus. Entretanto, na primeira vez Solange
não teve o privilégio de conhecer a nossa cidade e aproveitou essa oportunidade para ir
além dos limites geográficos da acolhedora Carapebus.
O
município da Serra é bem extenso (553,254 km²) e um dia não é suficiente para
conhecer as atrações existentes no litoral e interior. Assim, optamos por fazer
o city tour pelo litoral serrano. O
primeiro destino: Jacaraípe. Mas não necessariamente a praia e sim a Casa de Pedra, espaço cultural do
escultor Neusso que atrai turistas
de várias localidades do Brasil e do mundo. Exótica, a bela edificação, feita de pedras
retiradas do mar e restos de madeira da região, chama a atenção logo na chegada
e encanta a coreografa “que lugar lindo! Que
trabalho maravilhoso! Aqui tudo está em sintonia: a casa, a vegetação em seu
entorno, o telhado de madeira, as obras... Difícil não se encantar com o lugar
e com as obras”, confessa admirada segurando uma obra, que escolheu para levar
para Sampa. “Segundo Neusso é um anjo. Essa peça transmite muito movimento, como se bailasse
no ar, ao vento... Acho que por isso me identifiquei com ela e vou levar comigo”,
disse.
Solange Arruda, coreografa e dançarina labanista, na Casa de Pedra, em Jacaraipe. |
O local é um reduto de artistas e a visita é demorada, pois a pressa ali parece não existir. Solange aproveitou para conhecer outros trabalhos, como o do artista argentino José Ricardo Fonseca, que transforma o ferro e outros materiais em peças artísticas, conceituais e únicas.Depois seguiu para o atelier e residência da artista Didá Áurea Thomé, que faz graciosos cartões e minúsculas e belas favelinhas, utilizando fragmentos de tudo o que a natureza descarta na terra.
Solange Arruda com a artista Didá Áurea Thomé. |
Ninho da Roxinha: saboreando pitangas, direto do pé. |
Igreja e Residência dos Reis Magos, em Nova Almeida |
Assim
ficou registrada a passagem da coreógrafa Solange
Arruda em nossa cidade. “Encantada e
feliz com a recepção carinhosa, o resultado do meu trabalho no projeto
Entrelinhas II e com esse passeio onde pude, finalmente, conhecer melhor
algumas atrações desta cidade, artistas e obras, belas edificações e tudo sempre
cercado de árvores, retornarei para o concreto. Sentirei saudades de tudo e do
verde”.
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