Reggaeton virou ritmo inimigo do regime.
Governo considera o estilo ‘vulgar, banal e medíocre’ e proibiu execução em locais públicos
O governo cubano lançou uma campanha contra o reggaeton. Orlando Vistel, presidente do Instituto Cubano de Música, denunciou no início do mês o estilo em entrevista ao diário Granma, classificando-o como “expressão vulgar, banal e medíocre”.
Na
mesma entrevista, Vistel anunciava uma norma jurídica que vetaria
“determinadas músicas” em meios de comunicação, estabelecimentos
comerciais, centros oficiais, ônibus e espaço públicos. O último ponto
visa atingir os “bonches”, festas de reggaeton que acontecem nas ruas e
pátios de Havana.
A medida está sendo levada a sério. Danilo
Sirio, presidente do Instituto Cubano de Rádio e Televisão, já avisou:
“Nos canais nacionais está decidido, não passa mais nenhum número
grosseiro, banal, com letra ofensiva ou vídeo que denigra a imagem da
mulher”.
A briga é antiga. Em 2005, o jornal Juventud Rebelde,
portavoz da União de Jovens Comunistas, relacionava o reggaeton a
“vulgaridade, luxo, luxúria, vício e consumo de tóxicos”. No ano
passado, o ministro da Cultura, Abel Prieto, interveio para que fosse
retirado um prêmio do vídeo “Chupi chupi”, um hino de Osmani Garcia ao sexo oral.
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