Não vai dar certo essa história de a presidente Dilma mudar seu jeito de ser e passar a reunir-se rotineiramente com as bancadas dos partidos que a apóiam. Porque nada mudou debaixo do sol. Deputados e senadores saem do gabinete presidencial apregoando que tudo está diferente, que a chefe do governo injeta litros de otimismo nas veias de cada um, que o Brasil está dando certo, voltou a crescer, recebe outra vez montes de investimentos externos e debelou a perspectiva de inflação. Na verdade, não é bem assim, porque Suas Excelências aproveitam a oportunidade de aproximar-se da chefe para fazer queixas,aliás, muitas delas justas, e obter vantagens como compensação. Além do que, as dificuldades continuam as mesmas. O povão não deixou as ruas e permanece em estado de rebelião, exigindo não se sabe mais bem o quê, mas invadindo assembleias, câmaras de vereadores, prefeituras e, ninguém se engane, logo de novo estarão nas rampas e salões do Congresso e dos ministérios. Prevê-se para o Sete de Setembro manifestações capazes de ofuscar os desfiles militares, ainda que cautelosamente previstos para a parte da tarde, depois que os soldados tiverem retornado aos quartéis.
Numa palavra, a insatisfação e a indignação permanecem, significando que melosos colóquios entre Executivo e Legislativo pouco exprimem em termos de pacificação nacional. Muito menos a liberação de verbas para emendas parlamentares ou a promessa de envio de recursos para obras de infra-estrutura por enquanto realizadas no papel e nos microfones.
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FONTE: Dário do Poder
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