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Os efeitos positivos dos manguezais sobre o efeito estufa
Como esse rico ecossistema pode contribuir com a desaceleração do aquecimento global.
O mangue costumava fazer parte da nossa paisagem litorânea algum
tempo atrás. Mas com a explosão imobiliária e o crescimento e a
urbanização da costa brasileira, esse ecossistema deu lugar a
empreendimentos imobiliários e rodovias.
Com isso, os manguezais praticamente desapareceram. Isso significa
não apenas o fim de todo um ecossistema, e o consequente desaparecimento
dos animais, plantas e microrganismos que nele vivem. Nesse caso,
significa a perda de um importante aliado contra o aquecimento global.
Conhecendo o mangue
Considerado como ecossistema de transição entre os ambientes
terrestre e marítimo, os manguezais são característicos das zonas
tropicais e subtropicais de todo o mundo, geralmente associadas a
desembocaduras de rios ou reentrâncias costeiras onde haja contato entre
rio e mar.
Seu solo é lodoso, salgado, pobre em oxigênio, mas extremamente rico
em nutrientes, graças ao material orgânico em decomposição. Isso faz com
que o mangue se torne o lar de crustáceos e pequenos peixes, e de
mamíferos e aves que se alimentam dessas pequenas criaturas.
A vegetação é formada por plantas tolerantes à salinidade do solo, como é o caso das halófitas,
que conseguem viver nesse tipo de ambiente e possuem grande capacidade
de capturar o dióxido de carbono disponível na atmosfera.
Efeito estufa e o aquecimento global
Estudos
mostram que 10% das emissões de carbono causadas pelo desmatamento são
fruto da destruição do mangue, mesmo que esse represente apenas 0,7% da
cobertura vegetal do planeta. Além disso, nos últimos 50 anos, entre 30%
e metade desse tipo de ecossistema foi devastado.
Os manguezais são extremamente importantes no sequestro e na fixação do carbono. Pesquisadores
afirmam que, proporcionalmente, o mangue consegue armazenar no seu solo
50 vezes mais gás carbônico, em comparação as florestas tropicais.
Dados
expostos em 2008, durante a Conferência Internacional de Áreas Úmidas
(Intecol), mostram que, na época, regiões pantanosas e mangues continham
771 bilhões de toneladas armazenadas no seu solo, a mesma quantidade de
carbono encontrada na atmosfera.
Futuro dos manguezais
Os pontos mais importantes para a preservação do mangue são a
exploração sustentável, o reflorestamento, a manutenção e a proteção
desse ecossistema. Alguns estados brasileiros, como é o caso do Rio de
Janeiro, possuem programas de reflorestamento dos mangues e da Mata Atlântica.
Por outro lado, o novo código florestal não segue a mesma linha,
podendo atrapalhar na preservação dessas áreas. A ONG
#manguefazadiferença, coordenada pela Fundação SOS Mata Atlântica, vem fazendo um trabalho importante para preservação dos manguezais.
Segundo a organização, o novo texto consolida áreas de mangue
ocupadas irregularmente até 2008, além de permitir a ocupação de 35% dos
manguezais ligados à Mata Atlântica e 10% dos relacionados à Amazônia.
Para saber sobre as atividades da #manguefazadiferença, visite sua página na internet.
Individualmente, essa luta é impossível de ser vencida. Por isso,
participe de fóruns que discutam a questão, pressione e informe-se sobre
o novo código florestal para que o debate se expanda e haja mais
questionamentos sobre o tema.
Leia também em:
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FONTE: ECYCLE
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