Mistérios e Segredos do Sítio Casarão

Mystery and Secrets of the ranch townhouse

segunda-feira, 28 de maio de 2012

TODOS CONTRA A FALÁCIA DA ECONOMIA VERDE! EM DEFESA DA VIDA E DO MEIO AMBIENTE!

A atual crise do capital apresenta impactos profundos sobre as economias centrais (EUA, Europa e Japão) tornando necessário, para sobrevivência da sociedade capitalista, a reconfiguração de seus mecanismos de acumulação. A expansão do capital para as economias periféricas emergentes (Brasil, Rússia, Índia e China) apresenta-se como uma das mais importantes estratégias para essa reconfiguração.
Os antigos mecanismos de industrialização, de exploração da mais valia urbana e o crescimento do agronegócio estarão no centro dessa expansão do capital nesses países, avançando agora em direção às reservas naturais e terras dos povos do campo e indígenas. O capital prepara-se para apropriar-se desses territórios e transformar nossos recursos naturais em uma série de mercadorias.

É a chamada Economia Verde. O que isso significa? Aparentemente, o uso racional do meio ambiente em processo no qual não se nega os impactos negativos da industrialização e da extração dos recursos naturais, mas se busca formas rentáveis de administrar, compensar ou minimizar esses impactos por meio de atividades como a comercialização de créditos de carbono ou da biodiversidade (empresas poluidoras no norte do planeta continuarão a poluir por meio da compra de créditos de carbono obtidos a partir da preservação de florestas nos países do chamado terceiro mundo e passarão a ter direitos contratuais sobre as florestas preservadas e o carbono absorvido). Tais empresas poderão ocupar esses territórios, uma vez que já foram comercializados, e realizar a expropriação de nossos recursos de várias formas: roubo do conhecimento tradicional associado à biodiversidade dessas áreas, roubo de minérios e madeiras etc.

A economia verde proporcionaria, assim, a continuidade da reprodução do capital e uma saída para a crise econômica e ambiental sem alterar as relações sociais e de produção capitalistas. Apresenta-se como uma proposta aparentemente ética, preocupada com o planeta, conciliatória, sem que os processos predatórios de exploração de homens e mulheres e da natureza se alterem fundamentalmente. 

O objetivo central, no interior da proposta, é trocar o Estado pelo mercado na mediação sobre os bens comuns e os territórios. Com o discurso de que a crise climática e ambiental é urgente e que os Estados são lentos, corruptos e obsoletos, o capital busca enganar o mundo e consolidar essa nova frente de sua expansão.

A Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD) via créditos de carbono se coloca como uma das principais propostas a serem defendidas na conferência Rio+20. Um mecanismo que pretende transformar as florestas no terceiro mundo em áreas de compensação das poluições de outros países.

Portanto, a sociedade civil organizada, grupos e indivíduos precisam posicionar-se contra toda e qualquer forma de mercantilização de nossos recursos naturais e defender a agricultura camponesa, a reforma agrária e urbana e a justiça social, colocando-se ativamente contra a economia verde! Contra todas as formas de exploração de homens e mulheres e do meio ambiente!

Participe da marcha em defesa da vida e do meio ambiente e contra a economia verde!

Data: 05 de junho
Concentração: Teatro Universitário/UFES
Horário: 14:30
Organização: Rede Alerta

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