Parece que o espírito de natal tocou o coração de nosso Governador! Conforme nota divulgada em A Tribuna (25/12/11), Renato Casagrande, ao passar o natal com o pai, de 80 anos, adoentado, observou que como sua família é grande, é feito revezamento para cuidar do patriarca. Porém, ciente de que as novas famílias têm poucos filhos, percebeu que futuramente muitos idosos dependerão de assistência e que “precisamos pensar logo em como a instituição do Estado poderá amparar idosos do futuro”.
Temos defendido, desde o início, a continuidade do projeto para criação do Lar de Idosos, na área do Sítio Casarão, projeto do antigo proprietário, Jam Siepiersk e que já possui planta e teve sua fundação iniciada. Entretanto, para que isso seja possível, precisamos que a prefeitura, Estado ou os dois desapropriem a relevante área do Sítio Casarão.
Temos defendido, desde o início, a continuidade do projeto para criação do Lar de Idosos, na área do Sítio Casarão, projeto do antigo proprietário, Jam Siepiersk e que já possui planta e teve sua fundação iniciada. Entretanto, para que isso seja possível, precisamos que a prefeitura, Estado ou os dois desapropriem a relevante área do Sítio Casarão.
No dia 10/06/11, postamos “Deixa de existir quem não tem nada para ensinar”, que trata justamente dessa problemática: o boom da população idosa no país e ausência de casas para abrigá-los. O post é parte de uma série de reportagens do Correio Braziliense, matéria de Renata Mari, publicada no dia 03/04/2011 que aborda também o sofrimento dos idosos, abandono, violência, exploração e exclusão. Para relembrar, postamos novamente o trecho da matéria:
DAQUI A 40 ANOS, PROPORÇÃO DE IDOSOS NA POPULAÇÃO
SERÁ TRÊS VEZES MAIOR.
O brasileiro agora vive mais, passar dos 80 era privilégio de poucos. Essa mudança demográfica radical pela qual passamos, conseqüentemente, complicará ainda mais o problema, ignorado pelas autoridades públicas, dos nossos idosos. O boom da população idosa no país cresce de maneira vertiginosa, conforme projeções oficiais.
De certa forma, essa longevidade é motivo para se comemorar. No entanto, o descaso pelo qual passa os idosos, o desrespeito e a falta de abrigo existente são, hoje, um alerta claro do grave problema que teremos no futuro.
O Estado, desde quando nossos idosos eram meninos, só aumenta sua ausência e indiferença no trato e atendimento das suas necessidades. Infelizmente a sociedade segue cada vez mais individualista e inerte a essa população, que merece todo o nosso respeito e atenção.
Precisamos nos movimentar e evitar a progressão dessa barbárie. Muitos de nós seremos os “novos” idosos, no futuro. Assim sendo, o que fizermos hoje por eles, estaremos fazendo por nós.
O Lar Interativo para Idosos foi uma semente plantada pela família Siepiersk, antigos donos do Sítio Casarão, que a comunidade de Balneário de Carapebus cultiva e que deseja fazer crescer e dar frutos dignos aos nossos idosos.
De certa forma, essa longevidade é motivo para se comemorar. No entanto, o descaso pelo qual passa os idosos, o desrespeito e a falta de abrigo existente são, hoje, um alerta claro do grave problema que teremos no futuro.
O Estado, desde quando nossos idosos eram meninos, só aumenta sua ausência e indiferença no trato e atendimento das suas necessidades. Infelizmente a sociedade segue cada vez mais individualista e inerte a essa população, que merece todo o nosso respeito e atenção.
Precisamos nos movimentar e evitar a progressão dessa barbárie. Muitos de nós seremos os “novos” idosos, no futuro. Assim sendo, o que fizermos hoje por eles, estaremos fazendo por nós.
O Lar Interativo para Idosos foi uma semente plantada pela família Siepiersk, antigos donos do Sítio Casarão, que a comunidade de Balneário de Carapebus cultiva e que deseja fazer crescer e dar frutos dignos aos nossos idosos.
Chamamos de Lar Interativo porque não desejamos confinar vidas, mas sim que seja criado um espaço onde elas possam interagir com o Centro Cultual e de Pesquisa Ambiental, contribuindo com suas experiências de vida, ensinando seus saberes, seus ofícios. Acreditamos que a idade não invalida ninguém, apenas nos torna mais debilitados, porém, sobrecarregados de experiências e lembranças que, compartilhadas, registram a nossa existência nesta vida.
FONTE: Correio Braziliense
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