Da lama ao pó, o inferno criado pela Samarco, em território mineiro e capixaba, parece não ter limites e, infelizmente, fim.
A Samarco literalmente "levantou poeira" nas Minas Gerais e essa, não diferente da lama, tem incomodado muita gente pois, após secar, a lama virou pó que, com ajuda dos ventos, eleva e mistura-se com o ar irritando não só os olhos dos moradores de Governador Valadares, localizada a mais de 300 km de Mariana, "epicentro" do caos, mas também a, já esgotada, paciência, deixando claro o tamanho dessa tragédia.
Já se passaram seis meses desse desastre que matou 19 cidadãos, destruiu cidades e contaminou o Rio Doce, até a sua foz, no Espírito Santo e o oceano atlântico.
Depois da lama, a poeira surge dos rejeitos secos espalhados pelas ruas e quintais das casas ao longo do Rio Doce, por onde passou o "mar de lama", comprometendo, depois da água e do pescado, a qualidade do ar!
A erosão eólica lança no ar metais pesados como o chumbo, cádmio, mercúrio e o arsênio, esse último é absorvido pelo organismo humano, principalmente por inalação e ingestão e pode provocar doenças a médio e longo prazo.
A Secretaria de Saúde de Governador Valadares já registra aumentos expressivos nos casos de pessoas com insuficiência respiratória, doenças de pele e diarreia.
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