Mistérios e Segredos do Sítio Casarão

Mystery and Secrets of the ranch townhouse

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

65 ANOS DA ACADEMIA DE LETRAS "HUMBERTO DE CAMPOS" e HOMENAGEM AO POETA MARIO RIBEIRO!



MARIO RIBEIRO, nasceu em 8 de fevereiro de 1908, em São José do Calçado, Espírito Santo, e foi registrado em Alegre, no mesmo Estado, aos 21 anos e, assim, ficou conhecido como alegrense.


Trata-se de uma personalidade capixaba que, além das suas obras e contribuições enquanto cidadão, foi também exemplo de vida e perseverança: formou-se médico aos 64 anos, quando recebeu das mãos do filho o seu anel de formatura, momento que, segundo o próprio Mario, foi a experimentação do fato mais importante de sua vida.


Em 1950, após publicação de sonetos nos principais jornais da capital, foi incluído como membro do Centro CulturalHumberto de Campos”, hoje Academia de LetrasHumberto de Campos, de Vila Velha, por iniciativa do saudoso intelectual Paulo Cyrilo Mares Guia.


No último dia , comemorando os 54 anos da Academia de Letras "Humberto de Campos", foi realizado o “Sarau Poético” com a presença dos acadêmicos e convidados. Na ocasião, prestei uma homenagem a academia e ao poeta, lendo um de seus poemas “Feliz é o homem que não tem camisa”, que tive o privilégio e a honra de interpretar na época em que fiz parte do Grupo de Teatro Trama Extramuros, no espetáculo “Retalhos Esparsos: poemas e trovas de Mário Ribeiro“, baseado no seu livro “Retalhos Esparsos”, publicado em 1991. 


A montagem, dirigida por Roberto Silva, tinha seu elenco formado por: Márcio Gabriel, João Pulcheri, Priscilla Vianna Muller, Girlene Passon, Flávia Pulcheri Ribeiro, Fernando Marques e eu (Ádson Lima). 

Também fazia parte do grupo e deu consideráveis contribuições com a sua vasta experiência cênica, o ilustre e premiado ator/diretor Ednardo Pinheiro, recém chegado ao Estado.


Da direita para a esquerda: os acadêmicos Anaximandro Amorim, Paulo de Paula e Horácio Xavier e os convidados Ádson Lima,

Marlene Storch e Kátia Storch Moutinho, no "Sarau Poético" da Acadêmica de Letras Humberto de Campos, em Vila Velha.

A peça apresentava o enigma humano: vida e morte, dividido em três partes. Na primeira, mostrava o nascimento do homem para a vida, para o mundo das emoções.  No segundo tempo, retratava a trajetória humana e a luta pela sobrevivência. Finalmente, na última parte, a peça simbolizava o encontro com a realização, desejo, esse interrompido pelo encontro com a morte. Assim, compunha a vida e a morte na obra de Mario Ribeiro que, nas duas oportunidades em que assistiu ao espetáculo, emocionou-se ao ver a materialização de seus poemas.


A homenagem foi marcada pela emoção que não consegui conter ao pisar, após tantos anos, naquele palco. Com a voz embargada, propaguei naquele espaço agradecimentos, lamentação e a poesia de Mario Ribeiro, reiterando o importante serviço e contribuições prestadas pela Academia de Letras "Humberto de Campos" que, desde a sua fundação, abre suas portas e fomenta a cultura e a arte, colaborando significativamente com o desenvolvimento cultural vilavelhense.


Parabéns, Academia de Letras "Humberto de Campos" e seus acadêmicos pelos relevantes 65 anos!


“FELIZ É O HOMEM QUE NÃO TEM CAMISA”...

                                                                                                                                                                       Mário Ribeiro



Nem tantas lágrimas, por simples dor,

nem tanto riso por muita alegria,

pois, como a vida efêmera varia,

“Deus dá o frio conforme o cobertor”.



O rosto alegre será triste um dia;

a face que sorri, chora de dor...

o pêndulo da Vida tem pendor

para o balanço que o destino cria.



A fábula em que o rei, com seu tesouro,

tentou felicidade a peso de ouro,

diz que tal compra nunca se realiza...



A riqueza não faz ninguém feliz,

porque, segundo a fábula nos diz,

“Feliz é o homem que não tem camisa”...

6 comentários:

Anaximandro Amorim disse...

Foi uma muito bela homenagem! Parabéns por esse emocionante resgate histórico! Saudações literárias, Anaximandro.

Horacio Xavier. disse...

Bela e emocionante homenagem. Agradecemos.

Andra Valladares disse...

Olá Adson, muito obrigada por sua relevante presença no Sarau e por esse belo resgate. Sua fala emocionou muitas pessoas. Espero que possa nos presentear com sua presença outras vezes. Grande abraço.

Anônimo disse...

Oi Adson, estava googlando o meu nome e cheguei aqui!! foi otimo lembrar e relembrar essa epoca... abracos priscilla

Sítio Casarão disse...

Poxa! Que legal Priscilla.

Estava tentando encontrar a galera do grupo e não consegui... Que bom que passou por aqui.

Espero que esteja tudo bem contigo e familiares.

Desejando, entre em contato por e-mail sitiocasarao@hotmail.com

Um forte e saudoso abraço!

Anônimo disse...

4 anos.Incrível...

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É BOM! É LEGAL! É SOCIAL!
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