Empreiteira investigada por obras em posto fiscal irrigou sistema de doações eleitorais
Volume de doações mais do que dobrou
após o início de obras que não saíram da fase de terraplanagem; Hartung
e Casagrande na lista de beneficiados
Nerter Samora
08/04/2013 00:47 - Atualizado em 08/04/2013 12:46Imagem: Século Diário. |
Investigada pelo Ministério Público Estadual (MPE) por conta das obras
no posto fiscal “fantasma” em Mimoso do Sul, a empreiteira Araribóia
irrigou um sistema de doações eleitorais para políticos capixabas. Nos
últimos quatro pleitos (2006 a 2012), a empresa “investiu” R$ 940 mil em
campanhas de candidatos e comitês eleitorais. Chama a atenção que o
volume de recursos doados mais do que dobrou a partir do período de
obras do posto fiscal São José do Carmo, iniciadas em 2005 e encerradas
no início de 2010.
De acordo com levantamento nas prestações de contas registradas no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Araribóia saiu do status de uma
“doadora modesta” para figurar como uma das principais financiadoras de
campanhas ligadas à área da construção civil no Espírito Santo. Nas
eleições de 2006, a empresa fez doações para apenas dois candidatos: o
então governador Paulo Hartung (PMDB), candidato à reeleição, recebeu R$
50 mil; mesmo valor doado para o seu principal adversário, o
ex-prefeito da Serra Sérgio Vidigal (PDT).
No pleito seguinte, a empreiteira elevou a sua participação entre os financiadores de campanha. Em 2008, o total de doações saltou para R$ 285 mil, sendo que R$ 130 mil apenas em doações para comitês financeiros de partidos (conhecidas como doações ocultas). Nas eleições para a Prefeitura de Vitória, o então prefeito João Coser (PT) recebeu R$ 60 mil – divididos em três parcelas iguais –, enquanto o seu adversário na ocasião, o atual prefeito Luciano Resende (PPS), ganhou R$ 35 mil em uma só doação.
No pleito seguinte, a empreiteira elevou a sua participação entre os financiadores de campanha. Em 2008, o total de doações saltou para R$ 285 mil, sendo que R$ 130 mil apenas em doações para comitês financeiros de partidos (conhecidas como doações ocultas). Nas eleições para a Prefeitura de Vitória, o então prefeito João Coser (PT) recebeu R$ 60 mil – divididos em três parcelas iguais –, enquanto o seu adversário na ocasião, o atual prefeito Luciano Resende (PPS), ganhou R$ 35 mil em uma só doação.
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FONTE: Século Diário
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