Interessante observar nas matérias que comparam o mundo civilizado com o
mundo desordeiro, de gente oportunista, que gosta de se dar bem as custa
de falcatruas, desrespeitando as Leis e reelegendo criminosos corruptos
é que só apresentam como são suas Leis. Não mostram como são as pessoas,
sua cultura, seu comportamento social e sua qualidade de vida.
Uma matéria que circula pelas redes sociais e no WhatsApp, por exemplo, mostra que em Londres as leis trabalhistas são flexíveis, ao contrário daqui, mas não mostra os principais motivos que contribuem para isso já que a relação entre partes dependem de vários fatores para que ocorra uma flexibilização legislativa.
É notório, nos países desenvolvidos, cidadãos mais conscientes e comprometidos com suas responsabilidades sociais, a relação trabalhista é "madura", não sendo os patrões senhores de engenhos e os empregados oportunistas. Ambos
respeitam seus direitos e cumprem com seus deveres pois lá a relação
trabalhista é fundamentada no principio da ética e moralidade e não no
"se dar bem as custa do outro", explorando, extorquindo, mentindo e, até
mesmo, roubando horas e direitos, tanto de um lado quanto do outro. Lá, ao contrario daqui, não existe o "jeitinho londrino", pelo menos de forma descarada e assumida como em terras tupiniquins.
Para nós, mortais reles
por nossa própria inconsequência, nas urnas, o sistema trabalhista
londrino parece decepcionante já que estamos acostumados às regalias da
lei Brasileira que, em seus primórdios, foi adequada a nossa infeliz
realidade consoante ao contexto histórico que, na ocasião, já
configurava-se como uma relação complicada por ser
oportunista, exploratória, sem bom senso e boa vontade sendo necessária a
intervenção do Estado para garantir os direitos trabalhistas.
No entanto, nos tempos atuais, antes de mudarmos as Leis, ou flexibiliza-las, precisamos mudar o nosso caráter, nosso comportamento, cultura e acabar de vez com o desprezível "jeitinho brasileiro".
No entanto, nos tempos atuais, antes de mudarmos as Leis, ou flexibiliza-las, precisamos mudar o nosso caráter, nosso comportamento, cultura e acabar de vez com o desprezível "jeitinho brasileiro".
Assim, creio que nessas matérias não encontramos o bom senso jornalístico, a
"pitada" fundamental de profissionalismo e o comprometimento com a verdade
num todo onde omite-se ou ignora-se que as diferenças entre o mundo civilizado e o primitivo
partem do comportamento de seus cidadãos, da sua cultura, educação, qualidade de vida e não apenas da sua Legislação. Sem esses "ingredientes " a matéria torna-se incompleta, equivocada e podemos até pensar que seja tendenciosa, manipuladora, partidária.
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