No último dia 14 de junho, enquanto as atenções estavam voltadas para
os protestos nas ruas de São Paulo, o Diário Oficial do Estado publicou
a compra – sem licitação – de 5.200 assinaturas semestrais da revista
Veja para serem distribuídas nas escolas da rede pública. O valor
contratado foi de R$ 669.240,00, a ser desembolsado em nome da Fundação
para o Desenvolvimento da Educação, órgão do governo estadual.
Há anos os governos tucanos paulistas recebem duras críticas pela
compra em grande volume destas revistas e jornais. As críticas começam
pela dispensa de licitação, afinal há pelo menos outras três revistas
semanais no Brasil que concorrem com a Veja.
A linha editorial da publicação é, digamos assim, a mais simpática ao
governo paulista e hostil à oposição dentro do estado. E isso atrai
questionamentos aos governadores tucanos da vez, sobre haver mais
interesse político próprio do que público nesta compra.
Outro ponto polêmico é se a revista é realmente adequada para ser
direcionada ao ambiente escolar, tantas são as polêmicas em torno de
suas reportagens. E não me refiro apenas aos diversos casos que
ensejaram processos e condenações, seja de indenização por danos morais,
seja de direitos de resposta.
Há também casos de reportagens contestadas e repelidas pelo meio
acadêmico e científico, inclusive um caso de apologia ao consumo de
remédios para emagrecer que haviam sido proibidos pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa). E lembremos que, no ano passado, a
revista esteve envolvida com o escândalo do bicheiro Carlinhos
Cachoeira, cujas interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça
captaram diálogos que sugerem estreita proximidade entre o alto escalão
da Veja, bem acima do recomendável e até hoje mal explicada. LEIA MAIS, AQUI!
FONTE: Rede Brasil Atual
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