Receber fartas doações de campanha de grandes empresas já é há algum
tempo prática corrente entre os candidatos. Mais do que isso. Virou
quase regra, principalmente entre os favoritos nos pleitos. Em 2012,
antes das eleições, grande era a expectativa para o comportamento das
empresas, motivada principalmente pelo distanciamento do Estado dos
centros de poder empresarial e por uma possível baixa econômica que, ventilava-se, estaria atingindo as corporações com a crise econômica.
Com a divulgação
da prestação de contas dos candidatos, feita pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) neste mês, ficou claro qual foi a mudança tática das
empresas nas doações: ao invés de grandes montantes para poucos
candidatos (que era regra anteriormente, em especial no caso dos
favoritos), escolheu-se o método “democrático”, encaminhando valores
menores para vários candidatos.
Mais do que isso, a prestação de contas também mostrou que o domínio
financeiro sobre os políticos do Espírito Santo continua na mão de
poucos grupos empresariais. Mais concretamente de duas mega-corporações:
a ArcelorMittal, maior siderúrgica do mundo, e a Aracruz Celulose
(Fibria). Ambas as empresas, como se diz popularmente, “molharam as
mãos” de muitos candidatos Estado afora – e em número maior nos
municípios da Grande Vitória.
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FONTE: Século Diário
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