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| Marco Gottinari: violão, flautas e violinos. Foto: Cíntia Barenho/CEA |
No seu
banquinho de taquara, desenvolvido especialmente para o show, entre uma
arrumação e outra, ele conta vários causos de sua vida, de sua música.
Em
determinado momento, chama seu irmão, que junto com crianças de um
projeto social de Pelotas, abrilhantam ainda mais o espetáculo, com suas
flautas e violinos.
“o avesso do fim renascer”
Agora o que
chama atenção é o fato que a música entrou de fato na sua vida em 2004,
como uma salvação à agricultura agrotóxica desenvolvida por Gottinari.
Em 2004 um
incêndio em galpão da propriedade, fez com que todo seu aparato de
agricultura fosse destruído. Diante de tal “tragédia” veio seu renascer.
Ele nos conta, que na época, plantando tomate, eram cerca de 100
aplicações de agrotóxicos no ciclo de plantação (cerca de 3 meses).
“Eu alimentava vocês com agrotóxicos, com veneno!” Grita ele do palco.
Querendo
sair daquela vida escrava dos agrotóxicos, mas endividado no Banco, aos
poucos foi se reerguendo com a música. Inclusive ele problematizou que
ao buscar a agricultura ecológica para trabalhar, enfrentou as
dificuldades de não acesso a financiamento, já que os bancos (e
públicos) financiam as lavouras envenenadas.
Como ele
mesmo canta “um milagre somente acontece… depois que a mente pede…deita
tudo na mão do destino”, aos poucos o Templo das Águas foi se
formatando, a música foi se consolidando e hoje vivem, não com muito
dinheiro, mas com a dignidade necessária.
LEIA MAIS SOBRE O SHOW E A OBRA DE MARCO GOTTINARI, AQUI!
FONTE: Centro de Estudos Ambientais


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