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sábado, 9 de junho de 2012

CBN: O CANCELAMENTO DA ELEIÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA!


Artistas desrespeitados!

Na última quinta-feira (31), deveria acontecer a eleição para membros do Conselho Municipal de Cultura da Serra, responsável pelo julgamento de projetos culturais da Lei Chico Prego. No entanto, a disputa foi cancelada após o próprio presidente do órgão admitir uma falha no edital de convocação de candidatos. O encontro foi encerrado sem que os artistas presentes pudessem fazer críticas ao Conselho.

Organizadora de um tradicional coral de Manguinhos, Ângela Machado diz que foi desrespeitada na reunião, realizada no Centro Cultural do bairro Valparaíso. "Pedi a palavra, levantei o braço e me inscrevi. Quando chegou minha vez de falar o Aurélio simplesmente encerrou a reunião, disse que estava tudo encerrado, levantou e foi embora", conta.

O presidente do Conselho, Aurélio Marques alega ter agido dessa forma para evitar uma confusão. "Quando eu vi que ia descambar para discussões desnecessárias e agressões, senti que era hora de acabar. O que tinha para ser feito foi feito, que era a aprovação do Conselho de Cultura para adiar a eleição e fazer um outro edital", afirmou.


Ele admite que o Conselho errou ao publicar edital para eleição sem deixar clara a necessidade dos postulantes a conselheiros comprovarem "militância" na área cultural. Porém o próprio Aurélio confirma que o edital é o mesmo há alguns anos e, até então, nunca houve problema parecido. Segundo Marques, as insatisfações partiram de pessoas que tiveram a candidatura indeferida por não terem "notoriedade na área".


"Nós não podemos colocar gente que não tem a mínima condição de julgar processos tão problemáticos como existem na área cultural", argumenta. O conselheiro explicou que para confirmar militância e notoriedade os candidatos a conselheiros devem apresentar currículos e projetos já realizados.
Mas o jornalista Ádson Lima afirma que o edital não exige apresentação de currículo. Ele é um dos que tiveram a candidatura indeferida por não comprovar a "militância". "Fiz a minha inscrição seguindo rigorosamente o edital. A partir daí, pessoas que estavam se inscrevendo me ligavam informando que estavam sendo exigidos os currículos. Eu falava: não, o edital não pede isso. Se pedisse, não teria problema, a gente levaria", criticou.


Os processos de eleição e de julgamento de projetos da Lei Chico Prego são considerados pouco transparentes por alguns produtores culturais. A artista plástica Marília Oliveira foi eleita conselheira na votação anterior, mas abriu mão da vaga alegando descontentamento com a forma como as indicações se davam.


"Eu vi que não estava tendo uma eleição, estava tendo uma montagem. Quando os candidatos chegavam já estava decidido para qual área do Conselho ele seria destinado. Diante daquilo tudo eu senti vergonha por ver um conselho de Cultura em que faltava a cultura da ética",


Um edital "mais claro", segundo o presidente do Conselho, será publicado em 15 dias. Um novo prazo para que os candidatos a conselheiros se inscrevam será definido. Após o cancelamento da votação desta quinta, a eleição segue sem data marcada.

01/06 - 21H47
Vinícius Valfré | CBN Vitória (93,5 FM)

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