"Com ou sem Ministério, a POLÍTICA CULTURAL, nas instâncias FEDERAL, MUNICIPAL e ESTADUAL precisam ser REVISTAS, com URGÊNCIA!
Os recursos destinados ficam restritos a uma minoria, tornando-se sustento exclusivo de poucos sanguessugas partidarizados. Além disso, a pasta da cultura tornou-se cabide de emprego e instrumento para favorecer a reeleição de velhas raposas politiqueiras. As LEIS DE INCENTIVOS e os EDITAIS viraram armas de manipulação nas mãos de corruptos.
Pequenos artistas, com obras de qualidade ou propostas relevantes para o social, dificilmente conseguem receber recursos públicos provenientes da cultura e muitos nem buscam por conta da existência de esquemas ilícitos.
Assistimos indignados e revoltados "astros" de carreira consolidada, com bilheteria garantida para seu sustento e desenvolvimento de novos projetos, sendo contemplados com cifras milionárias, verbas que beneficiariam milhares de artistas "anônimos", projetos e programas culturais bem como milhares de comunidades carentes.
Como contribuinte, gostaria de ver meus impostos fomentando a cultura em meu bairro, município, Estado, País. Oportunizando jovens criativos e talentosos, desprezados, ignorados pelo sistema corrompido que, entre a casa e escola, só encontram as bocas de fumo. Ver plateias sendo formadas para que os espetáculos lotem e os artistas não precisem depender unicamente do dinheiro público para sobreviver e sim do reconhecimento do seu trabalho, pelo público.
A falta de seriedade e comprometimento dos gestores e agentes públicos, perpetuados na cultura, reiteram o conceito distorcido recaído sobre a classe artística que, historicamente, é relegada não somente pelo poder público mas também pela sociedade que, equivocadamente, e por distorção vê investimentos na cultura como algo dispensável em detrimento da tríade educação, segurança e saúde.
A cultura, durante a ditadura militar, foi um instrumento importante na luta contra os opressores. Mesmo com a censura, artistas brava e dignamente lutaram em defesa da liberdade de expressão por meio das artes. Nos festivais, as músicas de protestos; no cinema e teatro as denuncias de ausência de direitos e a situação do país. Hoje, diante de tanta corrupção no poder público, a cultura tornou-se uma oligarquia que impede o desenvolvimento cultural e mantêm a sociedade desprovida das artes e do trabalho de artistas que, mesmo sem os benefícios das leis de incentivos e dos editais, desenvolvem, com dificuldades e limitações, suas artes.
Precisamos de um reforma nas políticas culturais e que essas sejam fiscalizadas e auditadas e deixem de ser um sistema permissivo mantenedor de incoerências, injustiças e servindo de pró labore para uma minoria oportunista."
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