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O lançamento será na Biblioteca Pública Estadual Foto: Fabio Arrebola. |
“Páginas de uma Bibliotecária”, de Marli Rodrigues Coppo;
“A Bola do Juízo: Bom Humor e Trabalho Resolvem Dificuldades e Prolongam a Vida” de Filogônio Barbosa de Aguilar;
“Panela de Barro e Moqueca Capixaba: A Lenda” de Eider Barreto de Oliveira Júnior e Rafaela Oliveira Areal e
“Hospital Dr. Pedro Fontes: Antiga Colônia de Itanhenga”, de Dora Martins Cypreste e Alda Vieira.
Livro mostra luta para levar
bibliotecas a todo o ES
Por Maurilen de Paulo Cruz
Oportuno documento-testemunho
sobre a história das bibliotecas no Espírito Santo nos anos 1980 e 1990, o
livro “Páginas de uma Bibliotecária”, de Marli Rodrigues Coppo, tem lançamento
oficial programado para 2 de junho (segunda-feira), às 19 horas, na Biblioteca
Pública Estadual (Rua João Batista Parra, 165, Praia do Suá, Vitória). O livro foi viabilizado
pela Secretaria
de Estado da Cultura (Secult-ES), assim como os outros três que serão lançados
no mesmo evento.
“Páginas de uma
Bibliotecária”
narra algumas das experiências vividas pela autora e colegas nas décadas de
1980 e 1990 para implantar bibliotecas em comunidades carentes, tanto na Grande
Vitória quanto no Interior do Estado. Pioneiras, elas tinham que, literalmente,
“abrir caminho”, às vezes na mentalidade predominante, inclusive de
governantes. E tudo era agravado por carências e dificuldades, sendo
necessários “muita criatividade e um grande amor pela causa”.
Às vésperas de se
aposentar, Marli resolveu então registrar sua experiência, exatamente por
observar que quem chega para trabalhar nas bibliotecas nos dias de hoje, por
contar com o conforto da informática, a profissão reconhecida e outros recursos
da modernidade, “não tem nem como imaginar como foram difíceis os tempos
anteriores”:
“Quando eu comecei, se
a gente não entrasse com muita dedicação e muita disposição, não ia conseguir
fazer nada, porque não havia facilidades, como dinheiro ou infraestrutura.
Então, para dar conta do recado, só se fosse com muito amor! Aí, a gente encarava
a causa como se fosse pessoal e improvisava muito, senão não saía do lugar!
Acho que é mais ou menos isto que meu livrinho mostra.”
Uma curiosa
característica de “Páginas de uma Bibliotecária” é que em alguns momentos dificilmente o
leitor resistirá a uma boa risada. Isto se deve à forma simples de narrar, cheia
de sinceridade e naturalidade (peculiaridades, aliás, da própria autora), que acaba
por revelar o quanto se tornam hilárias certas situações a que as pessoas expõem
a si e aos interlocutores.
A
autora
Marli Rodrigues Coppo formou-se em Biblioteconomia
pela Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) em 1982. Começou a atuar em
1984, implantando bibliotecas nos bairros da Grande Vitória, como funcionária
do então DEC (Departamento Estadual de Cultura), hoje Secult-ES, à qual ainda é
vinculada. Na década de 1990, passou para a Biblioteca Pública Levy Cúrcio da
Rocha (onde ainda atua e lança seu livro), que hoje administra o “Sistema
Estadual de Bibliotecas”, também da Secult-ES. Continuou na mesma função anterior,
mas logo também passaria a responder pela distribuição de livros e implantação
de bibliotecas públicas em municípios de todo o Estado. Também foi
bibliotecária em outras entidades, públicas e privadas, somando hoje 31 anos lidando
com livros e bibliotecas.
O livro
no Espírito Santo
(Fonte:
livro de Marli Coppo)
A história do livro no Espírito Santo começa em 16 de julho de
1855, quando foi criada a “Biblioteca Pública do Espírito Santo”, a 5ª do
Brasil, funcionando no Palácio Anchieta. Em 23 de maio de 1926, foi transferida
para o prédio construído especificamente para abrigá-la (e ao Arquivo Público),
a alguns metros do Anchieta. Em 1979, mudou para o endereço atual, de 1.460 m2 de área, na Praia do Suá. Em 17 de dezembro de
2004, pela Lei 7.958, a Biblioteca Pública Estadual ganhou o nome do escritor
capixaba Levy Cúrcio da Rocha (Muqui, 14/03/1916-Vila Velha, 16/07/2004), cinco
meses após sua morte. O prédio passou por ampla reforma em 2007/2008 e hoje é guardião
de um acervo estimado em 60.000 títulos, entre eles muitas obras raras e
clássicos da história e da literatura capixabas.
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