Por Althen Teixeira Filho,
Professor da UFPel e autor do livro “Financie um candidato: Compre um político”.
Empresas pagam caro por um político corrupto! |
O deputado federal Eduardo da Fonte
(PP/PE), presidente da Comissão de Minas e Energia do Congresso
Nacional, encaminhou projeto de lei que “cria o Conselho de
Empreendimentos Energéticos, destinado a analisar, avocar e decidir, em
última e definitiva instância, o licenciamento dos empreendimentos do
setor elétrico considerados estratégicos para o Brasil“. O intento, além de roubar do IBAMA, IPHAN e da FUNAI tais responsabilidades ambientais, “poderá dispensar oitiva”
dos mesmos neste assunto, deixando para o futuro (?) a criação de
regras e funcionamento.
Como aprovar algo se não se sabe como vai
funcionar?
A bem da verdade, sua
legislatura vai no sentido de privilegiar seus financiadores de campanha
do setor de mineração e energia, mascarados na forma como é feita a
prestação de contas das verbas eleitorais.
As considerações, cujos dados surgem do “site” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são as seguintes.
Enquanto candidato
Eduardo da Fonte recebeu um valor correspondente a uma mega sena – R$
2.967.166,50 (cerca de três milhões de Reais) – de onde R$ 2.655.788,63
vieram de diretórios, conduta que visa mascarar doadores. Entretanto, se
tais somas forem devidamente analisadas, desvendam-se as origens dos
repasses.
Nesta perspectiva, no dia
30/07/2010 (sexta-feira), o diretório de Eduardo, de Pernambuco,
recebeu a quantia de R$ 1.000.000,00 da Vital Engenharia Ambiental S/A e
repassou-lhe já 48h depois (segunda-feira) o mesmíssimo valor. Tal
fato indicaria que mais de um terço do seu financiamento viria desta
empresa.
Esta Vital Engenharia
Ambiental distribuiu nessa eleição R$ 6,2 milhões. Pertence ao Grupo
Queiroz Galvão que, pelo seu lado, faz parte do Consórcio Construtor de
Belo Monte, ficando inequívoco o interesse em quebras de regras
ambientais e faturamento com energia.
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“Empresa não vota, por que pode financiar campanha?”, pergunta a estudante.
No vídeo abaixo, a UNE foi ouvir as pessoas na rua para saber o que acham de empresas financiarem campanhas políticas. “É o sistema. Os bancos alimentam a política para depois terem algum favor em troca”, diz uma das entrevistadas.
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