Abismo entre investimento público e número de espectadores marca cinema do país em 2012.
MATHEUS MAGENTA
RODRIGO SALEM
DE SÃO PAULO
Levantamento feito pela Folha a partir dos dados divulgados pela Ancine
(Agência Nacional do Cinema) sobre o mercado de cinema em 2012 demonstra
o abismo existente entre a verba pública investida em um filme e seu
número de espectadores.
O documentário "Expedicionários", de Otavio Cury, recebeu R$ 341 mil dos
cofres públicos e foi visto por 104 pessoas nas salas de cinema. Ou
seja, o filme obteve R$ 546 em bilheteria -e a verba pública investida
corresponde a R$ 3.286 por espectador.
"As pessoas gostam dos filmes. Mas quase não há espaço para exibi-los.
Não deixo de brigar para que eles sejam vistos também no circuito
alternativo, que não entra nos dados da Ancine", diz Cury, também
diretor de "Constantino", outro dos dez filmes nacionais menos vistos em
2012.
Por outro lado, "Até que a Sorte nos Separe", campeão nacional de
bilheteria, recebeu ao menos R$ 2,7 milhões dos cofres públicos e foi
visto por 3,3 milhões de pessoas (R$ 0,82 por espectador).
Fabiano Gullane, um dos produtores do longa que arrecadou R$ 33,8
milhões, diz que o sucesso de público gerou "muito mais" dinheiro em
impostos do que os recursos públicos investidos.
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FONTE: Folha de S.Paulo

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