Moradores querem reforço no policiamento e prometem voltar às ruas em maio
Priscilla Thompson
Para pedir reforço no policiamento e protestar contra os últimos casos de violência, moradores do bairro Itapoã, em Vila Velha, foram às ruas na última sexta-feira (30/03). O protesto foi motivado pelas mortes da empresária Cíntia Trancoso, 25 anos, enterrada na última quinta-feira, e do representante comercial Renato Brahim, 29 anos, morto a tiros na frente de casa na Prainha, no dia 10 de março.
O tio de Renato, Júlio César Valadares Brahim, participou do ato e pediu justiça. "Até hoje, a família espera o esclarecimento do crime. Temos medo de que ele caia no esquecimento e sem julgamento dos acusados", desabafou. Ex-colegas de trabalho de Renato também prestaram solidariedade à família durante o evento.
Outros casos
Outros moradores relataram casos de assaltos no bairro. "A gente já chegou ao ponto de achar que está bom se for só assaltado, porque pelo menos sobreviveu", disse a funcionária pública Luciene Cortes, 55 anos, que sofreu quatro assaltos em menos de um mês, no ano passado.
A pedagoga Denise Pazito, 50 anos, coleciona casos de assaltos na família. "Meu filho mais novo já foi assaltado mais de cinco vezes. O mais velho chegou a ter um braço quebrado e duas fraturas expostas no maxilar quando levaram a sua câmera digital. Até minha mãe, de 75 anos, foi derrubada na rua para levarem a bolsa dela. Não podemos aceitar que isso continue", reclamou.
O presidente do conselho de segurança do bairro, Antônio Soares, diz que só 11 policiais atuam no bairro, e apenas até as 22h. "Antes, eram 28 policiais. Não sabemos porque o número diminui se a população só aumenta", diz.
Em resposta, a Polícia Militar negou que apenas 11 policiais atuem na região, mas disse não poder informar o número, por questões estratégicas. Os moradores pretendem realizar um novo protesto no dia 1º de maio.
FONTE: A Gazeta
Foto: Vitor Jubini
Nenhum comentário:
Postar um comentário